quinta-feira, 29 de abril de 2010

CURSOS ESPECIAIS

ACESSIBILIDADE MAM - PROGRAMA IGUAL DIFERENTE
Curso de desenho cego
Professoras: Leya Mira Brander e Renata Madureira
Objetivos: trabalhar o traço de cada participante por meio de diversas técnicas de desenho em relevo a partir de estímulos visuais e táteis, elaborados pelos participantes.
Início: 15 abril 2010
Quintas-feiras
Horário: 10h - 12h30
Duração: 8 meses
Público alvo: pessoas com deficiência visual e público geral
Informações e Inscrições: (11) 5085-1314 - Débora Coy (à partir das 14h)
Parque Ibirapuera - portão 3
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WORKSHOP NO INSTITUTO DE CEGOS PADRE CHICO
O ensino da Geografia para deficientes visuais

Considerando que o ensino de geografia se desenvolve por meio da leitura do espaço geográfico e das paisagens, torna-se necessária à adaptação de materiais para o melhor entendimento dos conteúdos programáticos pelo aluno deficiente visual.


Utilizando materiais táteis que representem o espaço e substituem a comunicação visual, promove-se a compreensão e o relacionamento deste aluno com o mundo exterior.

Renata Carolina Gibelli
Anna Maria Micelli

Professoras do curso

Público alvo: educadores e demais interessados
Data: 12 de Maio de 2010
Horário: das 08h às 12h
Local: Instituto de Cegos Padre Chico
Rua: Moreira de Godoi, 456 – Ipiranga

Telefone: 11 2274-4611
Próximo Metrô Alto do Ipiranga

Incluso: Coffee-Break e Certificado

Informações e inscrições:

Instituto de Cegos Padre Chico

Educação Infantil / Ensino Fundamental para deficientes visuais (cegos e baixa visão) http://www.padrechico.org.br/

quarta-feira, 28 de abril de 2010

LOUIS BRAILLE MÚSICO E OS CAMINHOS DA MUSICOGRAFIA BRAILLE

Louis Braille (1809-1852) iniciou seus estudos musicais após ter ingressado, em 1819, no Instituto Real para Jovens Cegos de Paris, o Institut Valentin Hauy, tendo aulas de piano com professores do Conservatório dessa cidade.

Braille gostava de música clássica e, como os professores do conservatório vinham dar aulas gratuitas no Instituto, dedicou-se ao estudo de música, que consistia em ouvir e repetir o que era ouvido.
As condições não eram ideais, mas Braille tornou-se um excelente pianista e mais tarde talentoso organista.

Um encontro com Teresa von Paradise, concertista cega, foi decisivo na sua vida. Aprendendo música com ela, tornou-se rapidamente organista e violoncelista. Aos quinze anos foi admitido como organista da Igreja de Santa Ana, em Paris e mais tarde foi organista da Notre Dame des Champs, além de tocar em festas e dar aulas de piano.

Em 1828 aplicou seu sistema, criado em 1824, à notação musical, possibilitando aos cegos de todo mundo a ler e escrever partituras musicais.

Embora os cegos tenham sempre ocupado funções diversas, alguns dos cegos mais popularmente conhecidos são cantores e/ou músicos.

Por exemplo: Francisco Landino, o florentino cego, teria sido um dos primeiros a fazer uso da nova invenção do pedal ao órgão (no século XIV), o que possibilitou a execução de sons que perduravam por mais tempo; Antônio Cabezón, organista cego do século XV; o compositor espanhol cego Joaquim Rodrigo, autor do famoso Concerto de Aranjuez; o conhecido tenor Andrea Bocelli; na música pop internacional, Ray Charles e Stevie Wonder; e na música brasileira, a cantora Kátia e o grupo Tribo de Jah.

Hoje, todo esse legado deixado por ele nos motiva a tornar a música mais acessível; ler uma partitura em braille significa conhecimento e independência. Todo som pode ser escrito, em tinta ou braille e saber exatamente o que se toca ou canta pode fazer toda diferença. O conhecimento da notação musical braille pode auxiliar o futuro educador ou o músico que recorre à partitura para conhecer a melodia ou ainda para transcrever uma simples melodia.

Em 2009, ano da comemoração ao Bicentenário de nascimento de Louis Braille tive a oportunidade de participar de um curso, como bolsista convidada, pela FOAL (Fundação ONCE para a América Latina) em Cartagena de Índias, Colômbia.

Nessa ocasião pude verificar o que se têm feito nessa área na América Latina e Espanha e comprovar que estamos no caminho certo no que se refere ao ensino e propagação da música braille entre nós.

Ainda muito tem de ser feito por aqui, como a necessidade de um centro aglutinador de informações, livros e partituras em braille em maior quantidade e a formação de novos educadores musicais e transcritores para podermos contribuir ainda mais e de maneira eficaz com a formação musical de nossas crianças e jovens.


Essa preocupação e trabalho que venho realizando no Instituto Padre Chico também foi apresentado em forma de oficina, no XV Seminário Latino-americano de Educação Musical realizado pelo FLADEM (Fórum Latino-americano de Educação Musical) na cidade de Córdoba, Argentina, com o título A Educação Musical do Deficiente Visual e a Musicografia Braille.

Nessa ocasião conheci Ethel Batres, atual presidente do FLADEM, que participou da oficina. Para minha satisfação todos gostaram muito da apresentação e do tema, que ainda é desconhecido em muitos países e a música braille pouco difundida e acessível. IB
(Revista do ICPC 2009)

DIA INTERNACIONAL DO CÃO GUIA - 28 DE ABRIL

terça-feira, 27 de abril de 2010

Luciana Ruiz - Educadora Especializada

Dúvidas de português? Dicas poéticas. Consulte a Lu: consulte

sábado, 24 de abril de 2010

MUSICOGRAFIA BRAILLE - CONCEITO

Descrição da foto acima: mãos em um livro braille com notas musicais em relevo e braille.



MUSICOGRAFIA BRAILLE - Escrita musical utilizada internacionalmente pelos cegos; é baseada no Sistema Braille, criado na França, em 1825, por Louis Braille e adotado no Brasil a partir de 1854, trazido porJosé Álvares de Azevedo. [Ver texto abaixo]


Esse sistema é constituído por seis pontos em relevo, distribuídos em duas colunas verticais que formam 63 combinações, com as quais são representados os símbolos literais, fonéticos, matemáticos, químicos, informáticos e musicais.



MÚSICA EM TINTA & MÚSICA EM BRAILLE
Acessibilidade e Inclusão - desafios atuais
Todas as informações de uma partitura impressa em tinta podem ser transcritas em braille (música antiga, contemporânea, música vocal e instrumental), tornando a escrita musical acessível aos cegos.
Conhecendo esse sistema, eles adquirem autonomia e independência para ler uma música ou para transcrever uma melodia, não dependendo somente do ouvido ou da memória para aprender. É evidente que nesse processo o cego sempre dependerá de sua memória, uma vez que não poderá ler e executar ao mesmo tempo. Mesmo assim, o acesso a essa partitura é fundamental, propiciando sua inclusão nas escolas de música, primeiro passo para efetivamente concluirmos que a música é para todos ou deveria ser. IB



JOSÉ ÁLVARES DE AZEVEDO


José Álvares de AzevedoOito de abril. Neste dia, em 1834, nasceu no Rio de Janeiro, já deficiente visual, José Álvares de Azevedo, o primeiro brasileiro a conhecer o Sistema Braille. Aos 10 anos de idade viajou para a França, a fim de estudar no Instituto dos Jovens Cegos de Paris, a primeira escola do gênero no mundo, por onde passou Louis Braille.

Honra-nos o fato de ter sido este brasileiro, contemporâneo do genial inventor. Seis anos depois, o jovem regressou ao Rio de Janeiro, trazendo para o nosso país o maravilhoso sistema de leitura e escrita para cegos.Sua vida foi curta pois, viveu apenas quatro anos depois de seu regresso da França.

Neste pequeno período, procurou divulgar o Sistema Braille como pôde. Ensinou-o à Adélia Sigaud, filha de Dr.Xavier Sigaud, por intermédio de quem teria chegado à presença de Dom Pedro II, Imperador do Brasil.Motivado por José Álvares de Azevedo, Dom Pedro II decidiu criar a primeira escola para cegos do Brasil, que se chamou Instituto Imperial dos Meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant. José Álvares de Azevedo faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de março de 1854, aos 20 anos de idade.

O 8 de abril deve ser mais lembrado e considerado como o "Dia Nacional do Semeador de Braille". Lembremo-nos de que a pequenina semente por ele lançada no Rio de Janeiro, em meados do século XIX, fez desabrochar todo o progresso social da pessoa cega em nosso país, porque semeou para o cego brasileiro a possibilidade de aprender a ler, escrever e contar, fundamento de todo o desenvolvimento dos povos.

Hoje, no Brasil, os cegos aprendem a ler, escrever e contar; estudam desde a escola básica até à universidade; trabalham, exercendo as mais diversas profissões com dignidade a cidadania e sustentam suas famílias. Estará tudo resolvido, por acaso? Ainda não.

Reconhecemos que muita coisa precisa melhorar para que os cegos possam participar cada vez mais adequadamente da sociedade em que vivem. Amigos, parabenizemos a José Álvares de Azevedo por seu 169º aniversário de nascimento! (Texto de Gildo Soares da Silva Assistente social, ex-professor do Instituto de Cegos, ex-funcionário do Centro de Reabilitação e Educação Especial).


Sobre o Manual Internacional de Musicografia Braille:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/musicabraile.pdf
Veja também:






http:// dvsepedagogia.blogspot.com